Ao definir um disjuntor para um projeto, é comum atentar-se à corrente nominal, ao número de polos e até à curva de atuação. Poucos reparam em outra informação que é de extrema relevância: a capacidade de interrupção. Ela geralmente vem especificada em "KA" e determina o limite de corrente em que o disjuntor suporta atuar em um curto-circuito.
Nos disjuntores do padrão DIN, a capacidade de interrupção mais comum é de 3KA. Isso quer dizer que ele pode ser utilizado em instalações com o nível de curto-circuito presumido igual ou menor que 3000A. Aliás, “KA” vem do inglês “kilo amper”. Se por engano ou desconhecimento ele for instalado em um local onde o curto-circuito ultrapasse esse valor, é possível que o disjuntor não consiga interrompê-lo e acabe sendo danificado, em casos mais extremos podendo até explodir.
Os disjuntores de caixa moldada costumam ter valores mais altos de capacidade de interrupção, e geralmente especificada de duas formas diferentes: ICU e ICS. O ICU é o nível máximo de curto-circuito que o disjuntor suporta, sem levar em consideração o comprometimento do seu funcionamento. No caso do ICS, há a condição de que ele volte a operar normalmente por pelo menos três eventos, e por isso os valores são mais baixos em relação ao ICU.
Se você for o projetista, calcule a corrente de curto-circuito presumida ou consulte na normativa da concessionária e a especifique em seu projeto. Caso seja eletricista, cobre essa informação do projetista e leve em consideração no momento da compra. O disjuntor pode ter capacidade maior, mas nunca menor em relação ao especificado.